RUA E MAIS RUA

RUA E MAIS RUA Estamos num momento difícil de nossa história. Um governo ilegítimo está prestes a cair, depois de tantas denúncias de corrupção envolvendo essa turma que está no poder, o mercado, os grandes meios de comunicação, a elite econômica, já ensaiam a substituição do presidente fraco, impopular, traidor de uma chapa a qual foi reeleito em 2014, pelo presidente da Câmara dos Deputados, um dos tantos que derrubou a presidenta legitima. O que mudará com a substituição, nada. Esse presidente atual, é fraco, não tem nenhum prestigio internacional, sem qualquer carisma, notadamente corrupto e o outro que provavelmente assumirá o cargo do presidente corrupto, é limitado intelectualmente, desprovido de idéias próprias, sem expressão política. Mas a elite econômica não quer saber dos muitos limites dessa dupla. Querem alguém que aprofunde a retirada acelerada dos direitos históricos da classe trabalhadora, querem empurrar uma reforma da previdência que privatize a seguridade social, alem da retirada de tantas outras conquistas, como os projetos de inclusão social, tão bem elogiados internacionalmente, o projeto de fortalecimento da soberania nacional, que está se perdendo, por exemplo, com a liberação da exploração das reservas do pré sal por empresas estrangeiras. Para mim, o golpe de 2016, veio com o esse viés, a entrega do pré sal, o enxugamento de nossas conquistas do campo do trabalho, a privatização da previdência, o congelamento dos gastos sociais, a extinção de programas sociais de inclusão, a criminalização dos movimentos sociais, o aumento da faixa de pessoas acima da linha de miséria, enfim, com um ano de golpe, os retrocessos são imensos. Mas qual é a saída? Rua, povo constantemente nas ruas, nem um momento de descanso. Sempre cobrando, sempre exigindo. Mas é difícil, já foram duas grandes greves gerais nesse ano, uma ocupação estrondosa em Brasília, mas mesmo assim, a reforma trabalhista avança no Senado, vários desses calhordas estão soltos, esses mesmos diversas vezes citados em casos de corrupção, os meios de comunicação não dão a mínima para os protestos, muitos trabalhadores estão inertes e não sabem sequer o que está acontecendo, com esse cenário adverso há esperança? Ter força diante de tanta adversidade, ter vontade, gana e muita conversa. Devemos deixar os celulares de lado e conversar com seu vizinho, seu colega de trabalho, um familiar, enfim, conversar com todas as pessoas que pudermos. As esquerdas têm que chegar a uma agenda comum, intelectuais, religiosos, artistas, militantes em geral, têm que construir se possível até o mês de agosto, uma grande manifestação por eleições diretas e gerais, já. Urgentemente. O que nos resta, então? Amor por esse país, esperança e, muita luta. Marcos Túlio

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