A CEMIG “contrata” bem?
*Marcos Túlio Silva
A CEMIG anunciou há poucos dias, com grande repercussão na mídia, um concurso público para contratar 776 novos empregos. O impacto desta notícia causou um verdadeiro alvoroço e uma correria geral para os locais de inscrição. Por meio da criação de uma nova empresa e que comporá as 49 já existentes do Grupo Cemig, essa empresa se chamará Cemig Serviços ou Cemig S e servirá para prestar serviços diversos para a sociedade.
Mas há várias perguntas, que tornamos pública, que são pertinentes e não podemos nos calar diante dos fatos:
1) Por que a Cemig (maior empresa pública de Minas Gerais) não comunicou à sociedade a verdadeira forma de contratação desses cargos para a Cemig S compostos de salários menores aos praticados em seu Plano de Cargos e Carreiras de sua holding?
2) Por que com essa contratação, os futuros trabalhadores não terão direitos conquistados por meio de uma história de muita luta dos eletricitários tais como, Participação nos Resultados, Plano de Cargos e Salários, Plano de Saúde, Vale Refeição e tantas outras conquistas importantes?
3) Por que a Cemig protocolou um recurso no TST para suspender a primarização das atividades essenciais da empresa, quase todas atualmente terceirizadas, conforme decisão do TRT de Minas e que redundaria na contratação de cerca de 8.000 novos postos de trabalho? A propósito, a empresa detém o triste recorde de um trabalhador morto a cada 45 dias por acidente de trabalho, acidentes predominantemente de trabalhadores terceirizados.
4) Por que a Cemig teima em reduzir seu quadro de empregados próprios e aumenta a cada dia o processo de terceirização? A empresa diminuiu seu quadro de trabalhadores de 19.000, atendendo 3,5 milhões de consumidores, para cerca de 9.000 em oito anos e atendendo 8 milhões de consumidores.
Não questionamos a geração de emprego proposta pela Companhia, mas pelo tipo de emprego gerado. O Sindieletro, assim como a Central Única dos Trabalhadores – CUT, defendem que para se chegar à plenitude do desenvolvimento social, um dos principais meios é a geração de emprego e renda. Não um trabalho precário, pouco remunerado, eivado de discriminações, como proposto pela estatal mineira, mas o trabalho decente, garantidor de condições para alcançar a dignidade humana.
A OIT defende o Trabalho Decente como aquele que “Um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna”.
Há oito anos temos denunciado esse modelo de gestão implantado na CEMIG que sempre permeou suas práticas gerenciais para conquista do lucro acima de tudo, inclusive de vidas que se perderam ao longo dessa gestão. Excesso de jornada, redução do quadro de empregados, terceirização desenfreada, recorde nos acidentes fatais no país, tarifa mais cara do Brasil, baixa qualidade dos serviços prestados (vide o excesso de reclamações em função dos recorrentes apagões), retirada de conquistas dos trabalhadores através de um ataque ao Acordo Coletivo dos eletricitários, condenação na justiça por práticas anti-sindicais, centralização de diversas atividades em BH e conseqüente esvaziamento da presença da empresa no interior do Estado, enfim, um calhamaço de problemas que o próximo governador irá herdar. Nunca nos furtamos, pois, de associar esse modelo de gestão ao modelo de gestão do atual governo de estado, também caracterizado por baixos investimentos na área sócia e nenhum diálogo com os movimentos sociais mineiros.
Esse é um alerta para a sociedade. O concurso público anunciado pela maior companhia do Estado vai gerar emprego precário, pois, será um salário de 720,00 enquanto a média de um trabalhador da Cemig é de 2.000,00 e, principalmente, sem a proteção do Acordo Coletivo e suas importantes conquistas. Para realizar isso, a Cemig usou do subterfúgio administrativo de criar uma empresa que será prestadora de serviços com o nome de Cemig Serviços. Terá participação de 100% da Companhia e a mesma comporá o “Grupo Cemig”, ou seja, uma nova empresa para “prestar serviços”, mas com um salário bem mais baixo. É o exemplo também a nível estadual da empresa MGS que é uma forma de privatização de serviços prestados no Estado.
Por isso que nesse ano de eleições gerais, teremos que discutir qual a concepção de Estado que queremos, um modelo que impera, a pouca presença estatal, privatiza, terceiriza e trata seus cidadãos como consortes do capitalismo ou um outro modelo que promova o desenvolvimento social e sustentável de todos e todas?
• Diretor do Sindieletro MG
• Tesoureiro da CUT MG
• Presidente da CUT Vale do Aço
*Marcos Túlio Silva
A CEMIG anunciou há poucos dias, com grande repercussão na mídia, um concurso público para contratar 776 novos empregos. O impacto desta notícia causou um verdadeiro alvoroço e uma correria geral para os locais de inscrição. Por meio da criação de uma nova empresa e que comporá as 49 já existentes do Grupo Cemig, essa empresa se chamará Cemig Serviços ou Cemig S e servirá para prestar serviços diversos para a sociedade.
Mas há várias perguntas, que tornamos pública, que são pertinentes e não podemos nos calar diante dos fatos:
1) Por que a Cemig (maior empresa pública de Minas Gerais) não comunicou à sociedade a verdadeira forma de contratação desses cargos para a Cemig S compostos de salários menores aos praticados em seu Plano de Cargos e Carreiras de sua holding?
2) Por que com essa contratação, os futuros trabalhadores não terão direitos conquistados por meio de uma história de muita luta dos eletricitários tais como, Participação nos Resultados, Plano de Cargos e Salários, Plano de Saúde, Vale Refeição e tantas outras conquistas importantes?
3) Por que a Cemig protocolou um recurso no TST para suspender a primarização das atividades essenciais da empresa, quase todas atualmente terceirizadas, conforme decisão do TRT de Minas e que redundaria na contratação de cerca de 8.000 novos postos de trabalho? A propósito, a empresa detém o triste recorde de um trabalhador morto a cada 45 dias por acidente de trabalho, acidentes predominantemente de trabalhadores terceirizados.
4) Por que a Cemig teima em reduzir seu quadro de empregados próprios e aumenta a cada dia o processo de terceirização? A empresa diminuiu seu quadro de trabalhadores de 19.000, atendendo 3,5 milhões de consumidores, para cerca de 9.000 em oito anos e atendendo 8 milhões de consumidores.
Não questionamos a geração de emprego proposta pela Companhia, mas pelo tipo de emprego gerado. O Sindieletro, assim como a Central Única dos Trabalhadores – CUT, defendem que para se chegar à plenitude do desenvolvimento social, um dos principais meios é a geração de emprego e renda. Não um trabalho precário, pouco remunerado, eivado de discriminações, como proposto pela estatal mineira, mas o trabalho decente, garantidor de condições para alcançar a dignidade humana.
A OIT defende o Trabalho Decente como aquele que “Um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna”.
Há oito anos temos denunciado esse modelo de gestão implantado na CEMIG que sempre permeou suas práticas gerenciais para conquista do lucro acima de tudo, inclusive de vidas que se perderam ao longo dessa gestão. Excesso de jornada, redução do quadro de empregados, terceirização desenfreada, recorde nos acidentes fatais no país, tarifa mais cara do Brasil, baixa qualidade dos serviços prestados (vide o excesso de reclamações em função dos recorrentes apagões), retirada de conquistas dos trabalhadores através de um ataque ao Acordo Coletivo dos eletricitários, condenação na justiça por práticas anti-sindicais, centralização de diversas atividades em BH e conseqüente esvaziamento da presença da empresa no interior do Estado, enfim, um calhamaço de problemas que o próximo governador irá herdar. Nunca nos furtamos, pois, de associar esse modelo de gestão ao modelo de gestão do atual governo de estado, também caracterizado por baixos investimentos na área sócia e nenhum diálogo com os movimentos sociais mineiros.
Esse é um alerta para a sociedade. O concurso público anunciado pela maior companhia do Estado vai gerar emprego precário, pois, será um salário de 720,00 enquanto a média de um trabalhador da Cemig é de 2.000,00 e, principalmente, sem a proteção do Acordo Coletivo e suas importantes conquistas. Para realizar isso, a Cemig usou do subterfúgio administrativo de criar uma empresa que será prestadora de serviços com o nome de Cemig Serviços. Terá participação de 100% da Companhia e a mesma comporá o “Grupo Cemig”, ou seja, uma nova empresa para “prestar serviços”, mas com um salário bem mais baixo. É o exemplo também a nível estadual da empresa MGS que é uma forma de privatização de serviços prestados no Estado.
Por isso que nesse ano de eleições gerais, teremos que discutir qual a concepção de Estado que queremos, um modelo que impera, a pouca presença estatal, privatiza, terceiriza e trata seus cidadãos como consortes do capitalismo ou um outro modelo que promova o desenvolvimento social e sustentável de todos e todas?
• Diretor do Sindieletro MG
• Tesoureiro da CUT MG
• Presidente da CUT Vale do Aço
Nossa! Eu prestei esse concurso para a "CEMIG".
ResponderExcluirQue na verdade,não é bem o que todos estavam pensando.Issu é um absurdo,eu não sabia que estava prestando um concurso para uma empresa terceirizada , mesmo porque não fomos informados quanto a issu.
so não saio da enpreiteira da cemig porque tenho direito de fazer parte do seu quadro propio de eletricista, mas se isto não acontecer vou mover uma ação contra a cemig e enpreiteira, revindicando um mesmo salario porque na CLT, reza que se voce fas um mesmo serviço e uza o mesmo material e ferramental o salario tem que ser igual, tenho 10 anos de prestação de servicos como eletricista para revindicar a diferença de salario e trabalho escravo e abuzo de poder perante diretoria da cemig e donos de enpreiteira, comprovo o que estol falando com provas documentais, esta vai ser minha apozentadoria por direito chamo a todos que faça o mesmo, chega de abuzo, e mentiras, mentiras como nosso sindicato da area de construção civil que não tem nada a ver com ligação nova, restabelecimento de energia, corte de energia e iluminação pubrica sol eletricista comercial e não pedreiro
ResponderExcluirA cemig só contrata empresas falidas,a incompetência dentro dela é grande! o empresa!!!trabalho no quadro dela tercerizado há 10anos nunca tinha visto tanto incompetentis juntos em uma só empresa dessa maneira.
ResponderExcluirPois é! Vejam que a Cemig está cheia de "incompetentis" como disse o "Anônimo" do dia 24/11 - 15:32. Incompetentes sim, por contratar uma pessoa que, além de não saber escrever, é muito mal informado e cospe no prato que come. Você percebeu que está falando mal de você mesmo quando diz que a Cemig contrata empresas falidas? Pede para sair e deixa o lugar para quem quer trabalhar e tem competência para isso.
ResponderExcluiré um absurdo eu fui contratado para a CEMIG S com um salario de 806,00 e ticket de 220 e anida nao conto com beneficios de plano de saude para mim ou meus familiares que ainda sera estudado uma possibilidade de em um futuro apenas eu venha a ter, terei que mudar de cidade levando minha familha e largando tudo que construi por essa merreca ????
ResponderExcluiracho muito errado a cemig aceitar pessoas dispreparadas p funÇao.
ResponderExcluirna aria de risco deichando os dono
de impreiteiras ricos e colocando
vidas em risco.
aceitando certificados falÇos de curÇos.
o q voces tem a dizer sobre isso ?
obg
Calma pessoal!
ResponderExcluirTêm mais concursos pela frente...
Eu fiz esse e passei, com certeza somos capazes de passar em outros melhoes.....
A CEMIG SERVIÇOS NOS CONTROU POR 10 MESES E NAO TEMOS DIREITO A NADA, QUERIA SABER SE QUANDO ACABAR ESSES 10 MESES SE NAO RENOVAR MAIS ESSE CONTRATO VAMOS SAIR ASSIM DE MAOS ABANANDO OU TEMOS ALGUM DIREITO TRABALHISTA ?
ResponderExcluirSe for contrato por prazo determinado, o mesmo pode ser renovado por mais uma vez. Quanto aos direitos, você tem direito ao salário e ao 13o proporcional.
ResponderExcluirPorque as pessoas não procuram ler os editais antes de fazer os concursos? Porque as pessoas começam a reclamar somente depois que estão lá dentro, exigindo aquilo que sabiam que não teriam? Se achou que o salário era pouco, porque não fez um concurso do senado federal? Cada um consegue o que sua capacidade permite...e tenta ser aprovado no melhor concurso...A CEMIG é uma empresa como qualquer outra. Até mesmo a padaria que vc compra busca situação financeira melhor. Quem é dono do seu status profissional é vc mesmo.....busque aquilo que vc acha melhor pra vc......e não aquilo que te oferecem.
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