Gilberto Gil faz duas apresentações no Palácio das Artes

Gilberto Gil faz duas apresentações no Palácio das Artes

Cantor experimenta de tudo um pouco no novo show


O cantor e compositor Gilberto Gil se inspirou no som dos instrumentos de cordas das orquestras e nas potencialidades das próprias cordas vocais para pensar no conceito do novo espetáculo, Concerto de cordas e máquinas de ritmo. Aliado à sonoridade acústica, somou experimentos eletrônicos na finalização da proposta musical do show, que chega ao Grande Teatro do Palácio das Artes nesta sexta e sábado, às 21h, depois da temporada em Salvador. Daqui segue para o Rio de Janeiro, onde será registrado em CD e DVD, e partindo então para turnê pela Europa.

A ideia do projeto é antiga. Surgiu ainda na época do show Gil luminoso (2006), quando o cantor baiano afinou a parceria com o filho, o guitarrista Bem Gil, e ganhou força quando o violoncelista Jaques Morelenbaum pensou numa parceria que daria origem ao Concerto de cordas. A entrada do violinista francês Nicolas Krassik e do percussionista Gustavo di Dalva reforçou o projeto, ampliando a proposta original para o diálogo com os sons tirados de uma série de máquinas, espécie de encontro entre o moderno e o antigo.

Releituras A apresentação no Palácio das Artes promete mesclar todas as influências. A intenção é revezar clássicos como Domingo no parque, Saudade da Bahia, Expresso 2222 e Andar com fé, com músicas novas. “Vou começar com Máquina de ritmo, gravada no disco Banda larga cordel, que fala dessa emergência do ritmo mecanizado e de certas implicações existentes no uso dos instrumentos tradicionais e no abandono deles para as máquinas eletrônicas. É uma espécie de crítica. Faço reminiscências do tempo em que os instrumentos eram todos artesanais”, diz Gil.

O show continua com clássicos da MPB, como Eu vim da Bahia, composição dele que resume seu sentimento quando saiu de Salvador; e segue em clima nostálgico com Saudade da Bahia, de Dorival Caymmi. continuando com Outra vez, de Tom Jobim. Depois das homenagens, Gil faz releituras da própria obra, interpretando, por exemplo, Viramundo, pinçada de seu primeiro álbum, agora com novo arranjo. No show também haverá espaço para inéditas, como Eu descobri (“que fala de autodescoberta, da busca filosofal e religiosa pelo autoconhecimento”, adianta o autor).

Gil fará 70 anos em 26 de junho. “Vou ficar em casa. A família vai se reunir e vamos passar a tarde juntos”, diz ele, que não pretende badalar a data. “Sou muito de ficar quieto. Não sou de badalação, a exceção acontece no carnaval e no São João, quando saio mais. Este ano, por coincidência, na noite de São João, vou tocar em Belo Horizonte. Fora isso, fico mais em casa, entre o Rio e Salvador, onde tenho apego pela família.”

Concerto de cordas e máquinas de ritmo
Nesta sexta e sábado, às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Ingressos a
R$ 100 (plateia I), R$ 80 (plateia II) e R$ 60 (superior). Informações: (31) 3236-7400.

(Extraído do portal UAI)

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