O PT e a comunicação com o povo brasileiro

Sandra Selma de Rezende: O PT e a comunicação com o povo brasileiro É inevitável que o PT aprimore a comunicação que estabelece com sua militância Estamos vivendo em um estado de exceção sem precedentes. O vergonhoso golpe de 2016, patrocinado pelos banqueiros e demais agentes do mercado financeiro e a elite econômica industrial urbana e rural, que querem explorar mais lucro do trabalho assalariado, deixou nossa democracia tão fragilizada que, o povo mal informado ou sem informações dos fatos políticos e das atitudes dos maus políticos, não consegue ver com clareza a real situação do Brasil. Ao ser bombardeado pela grande mídia, principalmente a rede Globo de Televisão, o povo ou segue a opinião da manipuladora ou vai se movendo em diversas direções esquecendo de fato o projeto nacional de governo do Partido dos Trabalhadores-PT, bem como o motivo da luta constante do PT. Não podemos esquecer que patrocinadores da grande mídia, sempre representada pela rede Globo, deram origem à manada de muares seguidores da CBF. Sim, muares porque foram e ainda são manipulados para odiar o PT, Lula e Dilma, e sequer percebem. Sim, os patrocinadores porque são eles que direcionam as ações da rede Globo e seu próprio interesse. A manipulação é geral entre todas as classes sociais. Desde a “elite”, classe A brasileira, passando pela classe média e chegando até às classes E e F ou quantas mais forem classificadas. A diferença é que a “elite” já odiava o PT, mas os demais brasileiros foram levados, não a odiar, mas a desconfiar de tal forma que sequer querem falar no assunto “Política”. O termo “elite” está sempre entre aspas porque não se pode chamar de “elite” essa classe que quer dominar o Brasil. ELITE – Significado substantivo feminino 1. o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, esp. em um grupo social. 2. soc minoria que detém o prestígio e o domínio sobre o grupo social. Fonte: https://www.google.com.br/search Já a manipulação da classe média, não aquela classificada pelo IBGE, mas aquela muito bem definida por Marilena Chauí como abominação ética, política e cognitiva, cujo conhecimento político e social é abastecido e formado pela grande mídia. O profissional liberal, por exemplo, faz parte dessa classe “que acha que é média” e “sonha em ser burguesa”, mas é apenas um trabalhador que serve à empresa e seu chefe, chega em casa, assiste o Jornal Nacional e reafirma seu ótio à classe política e principalmente ao PT. Considerando a comunicação não só como um dos fatores que impede a recuperação da aproximação da militância com seu partido, mas também o mais importante fator nesta era da Informação, é inevitável que o PT aprimore a comunicação que estabelece com sua militância. No entanto a grande diversidade do nosso povo e do nosso país requer ações e veículos diversos, para alcançar a todo povo brasileiro. Internet, Rádio, TV e Jornal são alguns dos veículos propostos para alcançar a grande massa e fazer confronto com a grande mídia televisiva, principalmente. “Atualmente as redes sociais , desempenham um papel muito importante no trabalho dos jornalistas na propagação de noticias ao público. Como os jornais, as redes sociais unem as pessoas que compartilham idéias e opiniões , podemos citar como exemplo, as revoltas que aconteceram em países como o Egito e a Tunisia, em ambas , as redes sociais foram importantíssimas , propagando os ideais da democracia e unindo as pessoas que estavam descontentes com o governo. Portanto fica evidente a relação cada vez mais estreita entre os meios de comunicação de massa e as mídias sociais , ambas com o objetivo de manter o leitor bem informado.” Fonte: Jornalismo e outras mídias FINES: Frente Intelectual de Esquerda, criada por um grupo de militantes do Partido dos Trabalhadores, com a finalidade de apoiar o PT nas redes sociais, desmentindo boatos que comprometam o partido, divulgando ações do partido e de seus parlamentares, por meio de 26 blogs estaduais e dois grupos no TWitter, sendo um para debates e outro para divulgação nas redes sociais. RÁDIO: Tomando como exemplo as participações do ex Presidente Lula nos programas de rádio é fácil perceber o alcance deste veículo até às casas do povo brasileiro nos lugares mais remotos. Fonte: Universo da Rádio na Internet TV Comunitária: o investimento em TVs comunitárias seria como investir na mobilização social para democratizar a comunicação no Brasil. “Em meio a crises, distorções e avanços, os canais comunitários representam um passo significativo na democratização da comunicação no País. Eles apresentam alguns sentidos em comum, mas na realidade têm suas especificidades que tornam cada um, único. A particularidade de cada canal é construída em decorrência da história vivida por cada um; das políticas de ação delineadas pelos grupos que o colocam em funcionamento; da experiência e perspectiva democrática de suas lideranças; da conjuntura em que está inserido (se a cidade é grande ou pequena, se existem ou não organizações populares fortes e mobilizadas etc.); do grau de interesse das organizações civis sem fins lucrativos pelo uso público dos meios de comunicação; do nível de consciência e organização dos movimentos sociais da região; do tipo de correlação de forças postas em contato quando da criação e gestão de cada canal; das condições infra-estruturais disponíveis; do tipo de gestão e de estratégia traçada para arrecadação de recursos, entre outros fatores.” Novo canal de comunicação do PT: ação que pretende estabelecer a comunicação com a juventude do Partido dos Trabalhadores. JORNAL Comunitário – O incentivo aos jornais comunitários que ocorrem dentro de uma comunidade (bairro, vila, vilarejo, aldeia, povoado, distrito, concelho, município, favela, etc.), a fim de criar o próprio Jornal do PT. Outros públicos que necessitam de uma atenção especial na comunicação do PT são aqueles provocados pelas tendências internas do partido, que levam a militância a um dissenso, que precisa ser observado pelo PT. Nas redes sociais isto fica bem claro nas discussões, muitas vezes em público, quando externalizam o radicalismo e o contra ataque às opiniões. Em um momento que se necessita de de convergência para destruir o discurso da Direita temos que lidar com o “LuloPetismo, que só aceitam Lula como candidato; temos que lidar com aqueles que não aceitam candidatos que não seja do PT e mais recentemente, aqueles que não aceitam a Frente Ampla Pelas DiretasJá. Em todos os casos o que se vê são procedimentos equivocados de ataques a lideranças, blogs de esquerda e a partidos políticos que poderão ser fundamentais para o PT no segundo turno das eleições. Agora, porém, quando estamos na encruzilhada do golpe midiático – jurídico – parlamentar, e a Esquerda como um todo está finalmente, conseguindo desmistificar o discurso da Direita e da Extrema-Direita não podemos deixar que a comunicação atrapalhe nossos objetivos. Por Sandra Selma de Rezende, jornalista e militante do PT, pt.org.br

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