A verdade humilhante que Sheherazade enfrentou ao receber um ‘prêmio’ de Sívio Santos

A verdade humilhante que Sheherazade enfrentou ao receber um ‘prêmio’ de Sívio Santos. Paulo Nogueira Há certos prêmios que é melhor você não receber. Foi o que me ocorreu diante da visão de Sheherazade recebendo o Prêmio Troféu da Imprensa das mãos encanecidas de Silvio Santos. Ela, vestida com toda a elegância de um tubo de purpurina multicolorido, definifivamente não esperava ouvir o que Silvio Santos tinha a lhe dizer. Silvio disse, com sua habitual clareza, que Sheherazade foi afastada da função que lhe trouxe efêmera notoriedade por não cumprir o trato. Sheherazade foi contratada para ler o que os redatores do SBT colocam no teleprompter. E não para tecer considerações política ultraconservadoras como se fosse Margaret Thatcher. Já que citamos a Inglaterra, a Rainha sabe que não lhe cabe perorar sobre política. Para isso existem as pessoas corretas na política britânica. Mas Sheherazade achou que podia voar, e se estatelou. Foi uma queda linda, dadas as manifestações de ódio e ignorância produzidas em série por ela. Silvio Santos esperou a hora certa para esclarecer a história. Parece piada, mas não é: ele agiu como um filósofo. Dias antes, fizera o mesmo. Ao falar sobre a velhice, aos 84 anos, foi de uma franqueza desconcertante. Sexo? Nada. Cabelo? Nada. Depois ele corrigiu a afirmou que pinta o cabelo, mas ficou a impressão mesmo de uma peruca. Um pensador romano do passado latino, Cícero, escreveu um pequeno grande livro sobre a arte de envelhecer. Cícero enumerou as virtudes filosóficas da velhice. Todas as idades têm seu encanto, afirmou. Pois digo o seguinte. Em sua monumental simploriedade de apresentador de televisão, Silvio Santos destruiu Cícero — depois de haver feito o mesmo com Sheherazade. diariodocentrodomundo.com.br

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