Chuva de Prata

Chuva de Prata Havia muito Ronaldo Bastos já ultrapassara aquela fase de início de carreira em que o letrista só escreve, ou prefere escrever, sobre o que vivenciou. “Depois a gente descobre que pode armazenar e transferir outras emoções, escrevendo com o estilo de um profissional”, observa o poeta a propósito de uma música que uma gravadora lhe enviara para letrar. O autor da música era o compositor Ed Wilson — Edson Vieira de Barros, irmão do Renato dos Blue Caps —, atuante na Jovem Guarda, e de quem Roberto e Erasmo Carlos falam nos versos: “lá fora um corre-corre / dos brotos do lugar / era o Ed Wilson que acabava de chegar”, da composição “Festa de Arromba”. A presença de Wilson no iê-iê-iê deu a Ronaldo a idéia de homenagear a precursora do gênero no Brasil, Celly Campelo, e o seu grande sucesso “Banho de Lua” (uma versão de “Tintarella di Luna”), rememorando o tema da canção na letra de “Chuva de Prata”: “Se tem luar no céu / retira o véu e faz chover / sobre o nosso amor / chuva de prata que cai sem parar / quase me mata de tanto esperar / um beijo molhado de luz / sela ó nosso amor...” Seguem-se outras românticas citações sobre o amor ao luar, suavemente cantadas em tempo de bolero por Gal Costa, com a participação vocal e instrumental do grupo Roupa Nova. É evidente nessa versão de “Chuva de Prata”, lançada no álbum Profana, a influência do arranjo de Stevie Wonder para o seu grande sucesso “I Just Called to Say I Love You”, da mesma época (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34). Chuva de prata (1985) - Ed Wilson e Ronaldo Bastos (Retirado do site: cifra antiga)

Comentários

  1. Um blog que começou despretensiosamente, hoje tem quase 7 mil acessos. Nesse ritmo, em pouco tempo, a Google vai interessar em comprá-lo.

    Parabéns!

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