9 problemas graves dos primeiros 3 meses de Doria na Prefeitura

9 problemas graves dos primeiros 3 meses de Doria na Prefeitura Tucano prioriza marketing e esquece de governar. Como resultado, crianças sem leite e transporte escolar, menos cultura e mais mortes no trânsito A campanha eleitoral já acabou, mas não para João Doria. O prefeito tucano de São Paulo se fantasia de gari até para dar entrevista de rádio, bate boca com qualquer um que o cobre sobre problemas da cidade, costuma culpar aos berros o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT por tudo e investe forte no marketing para encobrir as falhas reais de sua gestão, como a falta de transporte escolar, o corte de leite para crianças, o aumento de mortes no trânsito e o desmonte da cultura, entre tantos outros. Apesar de toda a propaganda, Doria agora abandona suas promessas de campanha. Nesta sexta-feira (31), ao apresentar o Plano de Metas, o prefeito tucano não incluiu diversas promessas. Ao todo, segundo levantamento do jornal “Folha de S. Paulo”, foram 118 promessas feitas durante as eleições de 2016. Muitas delas, abandonadas e esquecidas do Plano de Metas. Aos 3 meses de gestão, elencamos 9 dentre os tantos problemas do começo de sua administração. Veja a lista abaixo: 1. Tirou o leite das crianças Doria do marketing: Mudou o programa Leve Leite “para priorizar as crianças”. À Folha o prefeito afirmou: “Não faz sentido gasto enorme para oferecer leite a adolescente”. Doria real: O corte do programa foi de mais da metade, 53%. Ficaram sem leite 431,7 mil crianças acima de 7 anos. Ou seja, para o prefeito tucano, meninas e meninos acima de 7 anos são “adolescentes”. Antes dessa medida, o programa atendia a todos os alunos da rede, dos zero aos 14 anos de idade. No ano passado, na gestão do petista Fernando Haddad, 916,2 mil estudantes receberam o benefício. Se não bastasse essa crueldade, a Prefeitura foi além: diminuiu a quantidade do leite mensal distribuída de dois quilos para 1,2kg. Quem noticiou: Folha, Agência Brasil (do governo Temer), Veja , R7 , TV Globo, entre outros. 2. Menor cuidado com a cidade Doria do marketing: Em seu primeiro dia como prefeito, Doria se vestiu de gari, pegou uma vassoura lançou o “Cidade Linda” programa que promete atividades de zeladoria, como pavimentação e manutenção de ruas e praças. O tucano garantiu que a de zeladoria seria prioridade de seu governo. Doria Real: reportagem da Folha revelou que a prefeitura simplesmente ignora 3 de cada 4 reclamações relacionadas a zeladoria feitas à administração, como entulho nas ruas, calçadas esburacadas e lixos. Conforme o relato do jornal, os moradores de São Paulo concluem que o programa “parece abandonado”, já que em muitos pontos os problemas básicos como lixo nas ruas, matagal em terrenos e buracos nas vias permanecem. Quem noticiou: Folha, Agora e outros. 3. Mais mortes nas marginais Doria do marketing: Haddad abaixou as velocidades máximas em toda cidade, reduzindo o número de mortes e acidentes. No dia 25 de janeiro, Doria “deu de aniversário para São Paulo” o aumento dos limites das marginais para os limites antigos, permitindo que carros voltassem a acelerar a 90 km/h nas vias expressas e a 70 kmh nas locais. Prometeu que os acidentes não aumentariam. Doria Real: Na primeira hora do novo limite um acidente aconteceu. Nas primeiras 36 horas após o aumento do limite de velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê, foram registrados 1 acidente a cada quatro horas. Até o fechamento desta reportagem, segundo o Agora SP, jornal do Grupo Folha, foram quatro mortes após os novos limites. Quem noticiou: TV Globo, Agência Brasil, Folha e Agora SP. 4. Uma cidade mais cinza Doria do marketing: Doria diz ter aberto uma “guerra contra a pichação”, mas afirmou que preservaria murais e grafites, criando espaços especiais para tal, “como em Miami”. Doria real: A gestão do PSDB destruiu o maior mural de arte urbana da América Latina, na avenida 23 de Maio. A prefeitura simplesmente pintou de cinza 15 mil metros de grafites e murais de mais de 200 artistas. Depois de uma tremenda repercussão negativa, interrompeu a ação temporariamente, mas colocou a Guarda Civil para prender artistas de rua. Quem noticiou: O Globo, Folha, El País , G1 e outros. 5. Promessa surreal de creches Doria do marketing: Em campanha, Doria prometeu zerar o déficit de pouco mais de 100 mil vagas nas creches em um ano. Doria real: Para se ter uma ideia do absurdo, para cumprir sua promessa o prefeito do PSDB precisaria criar 34 creches por mês, ou abrir 210 vagas por dia. Não durou um semestre. Doria voltou atrás duas vezes em sua promessa de zerar o déficit. Poucos dias depois de assumir, falou em criar 66 mil novas matrículas e ontem recuou ainda mais. Em audiência na Câmara de Vereadores de São Paulo, disse ontem que irá expandir o número de vagas em creche em apenas 30%, totalizando 60% da taxa de atendimento de crianças de 0 a 3 anos. E post de Facebook não cuida de bebê. Quem noticiou: Folha, Valor, G1 e Estadão. 6. Remédios: do SUS para farmácias privadas Doria do marketing: Através do programa “Remédio Rápido” vai transferir a responsabilidade de distribuir 165 medicamentos da atenção básica, antes feita por postos do SUS, para farmácias privadas, por meio de um acordo com 12 empresas. A promessa é agilizar e economizar. Doria real: Na prática, farmácias da rede pública serão fechadas e o atendimento será transferido para empresas privadas, que serão remuneradas pela prefeitura. Especialistas alertam para o enriquecimento das empresas e para o desmonte do SUS. Doria pretende fechar 574 farmácias que funcionam dentro das unidades de saúde e transferir 250 milhões de reais ( recursos da dotação da Assistência Farmacêutica ) para as grandes rede privadas de farmácias comprarem e distribuírem a medicação, segundo informações de técnicos da área da saúde. Caso as mudanças sejam promovidas, perderão suas atividades 500 farmacêuticos e 1500 técnicos de farmácias. Estranhamente, o prefeito e sua equipe tem usado a imprensa para dar detalhes sobre o programa, uma que ele não oficializa a medida e não esmiúça os detalhes das mudanças junto aos representantes da população. Além disso por economia de recursos ele fechou duas unidades de Centro de Testagem de Acompanhamento do Programa DST AIDS, as unidades fechadas foram Santo Amaro e Parque Ipê ( Campo Limpo ). A indústria farmacêutica pelo jeito gostou. A Ultrafarma, por exemplo, vem brindando a gestão tucana de São Paulo com anúncios “grátis” em jogos da seleção brasileira com transmissão pela TV Globo para todo país. Quem noticiou: Estadão, Exame, G1 e Rede Brasil Atual. 7. Cultura agonizando na cidade Doria do marketing: Durante sua campanha, Doria afirmou que o orçamento da cultura era suficiente e garantiu que agregaria apoios privados para incrementar o setor na capital. Doria real: Congelou 43,5% do, já diminuto, orçamento da cultura, que corresponde a 0,9% do orçamento da prefeitura. Programas relevantes nas áreas de educação e cidadania estão paralisados ou não poderão ser executados, deixando crianças, idosos e jovens fora dos projetos. Centenas de artistas e outros funcionários foram demitidos, programas foram prejudicados e até apoiadores recentes desaprovaram o duro golpe na Cultura da cidade. Quem noticiou: TV Globo, Estadão , Folha. 8. Transporte Escolar Gratuito (TEG) Doria do marketing: Doria parou de oferecer transporte escolar a centenas de alunos carentes da rede pública municipal, sem maiores explicações, mas disse que “não mudou os critérios”. As reportagens da TV Globo e TV Record mostraram o desespero das mães Doria real: Sem nenhum aviso prévio, o prefeito do PSDB suspendeu o transporte escolar gratuito do dia para a noite sem avisar os pais, deixando centenas de alunos sem o auxílio desde o primeiro dia. Em uma escola da zona leste, por exemplo, de 200 crianças eram atendidas pelo programa, apenas 42 conseguiram mantê-lo. Uma portaria publicada em janeiro alterando o cálculo de quem deve receber o auxílio das TEGs. A única orientação da Prefeitura às mães e pais foi para “recorrerem da decisão”. Quem noticiou: TV Globo, TV Record, Folha e Agora SP. 9. Promessas de campanha Doria do marketing: Durante a campanha para a prefeitura de São Paulo, em 2016, Doria fez diversas promessas, entre elas zerar a fila da creche no primeiro ano de mandato através de unidades conveniadas. Na saúde, ele havia prometido a contratação de 800 médicos. Além disso, o prefeito tucano prometeu aumentar em 7% o uso do transporte público e também prometeu 30 piscinões para impedir alagamentos na cidade. Doria real: Nesta sexta-feira (31), ao apresentar o Plano de Metas, Doria já abandonou diversas das promessas de campanhas, por exemplo, a fila de creche. Agora, ele diz que irá expandir o número de vagas em creche em apenas 30%. Sobre os médicos, mais uma mudança: nenhuma informação sobre a contratação de novos profissionais consta no Plano de Metas. O documento apresentado pelo prefeito tucano não menciona a construção de corredores de ônibus (para aumentar o uso do transporte público), nem especifica as obras para para impedir alagamentos na cidade. Quem noticiou: G1, Folha pt.org.br

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