Pior é o MPF comprar fantasiosa narrativa de Delcídio", dizem advogados

Pior é o MPF comprar fantasiosa narrativa de Delcídio", dizem advogados Em resposta à acusação de obstruir a Justiça junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pecuarista José Carlos Bumlai chamou a delação premiada de Delcídio do Amaral de "um farsa a olhos vistos". "Não são necessários grandes esforços para compreender os bastidores e os motivos da perniciosa armação articulada contra Bumlai e seu filho Maurício visando, em verdade, à derrocada de ‘uma das mais expressivas figuras políticas da História do Brasil’", disseram os advogados de Bumlai, em 39 páginas à 10ª Vara Federal em Brasília. "É absolutamente inconcebível que um senador da República conspire contra a Justiça a fim de esconder seu envolvimento em fatos criminosos. Mais grave ainda é que, depois de preso, esse mesmo congressista convenientemente invente uma nova versão para os fatos dos quais participou, oferecendo-a ao Ministério Público Federal em troca de sua liberdade", completaram. Preso no dia 24 de novembro de 2015, na Operação Passe Livre, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, por ordem de Sérgio Moro, da Vara Federal de Curitiba, onde tramitava a investigação contra Lula e Bumlai, a partir da delação de Delcídio, Bumlai foi acusado junto a outro processo, por supostamente estar envolvido no empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin ao PT, em 2004. Delcídio foi preso em flagrante, também em novembro do último ano, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de obstruir as investigações da Lava Jato, propondo comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. O caso resultou em denúncia contra Delcídio, Bumlai e Lula, porque o ex-senador afirmou em delação premiada que a negociação envolvia também o empresário e o ex-presidente. Nas quase 40 páginas, Daniella Meggiolaro, Arthur Sodré Prado, Conrado de Almeida Prado e Fernando Bertolino Storto, advogados do pecuarista, desmentem as acusações de Delcídio e afirmam que suas narrações não tem consistência. "Preso, desmoralizado e abandonado pelo próprio partido, o senador então iniciou as tratativas para sua delação premiada", lembrou a defesa. "Pior, porém, é o Ministério Público Federal, a quem a Constituição incumbe o dever de promover a Justiça, comprar a fantasiosa narrativa, reproduzida na inicial acusatória como se verdadeira fosse, desamparada de mínimo suporte probatório e munida de diversas contradições e inconsistências", concluíram. jornalggn.com.br

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