Ato dos servidores federais repudia desmonte da Geap

Ato dos servidores federais repudia desmonte da Geap Condsef, Fenadados, Anfib, CNTSS, Fasubra eFenasf uniram forças contra ataque de Temer Nessa quinta-feira (30), como parte da Jornada de Lutas em favor da Democracia e em Defesa dos Empregos, Direitos e Conquistas encampada pela CUT Brasília, foi realizado um importante ato em frente ao Ministério do Planejamento contra o desmonte do Geap, a autogestão de assistência à saúde dos servidores federais. Condsef, Fenadados, Anfib, CNTSS, Fasubra eFenasf uniram forças para protestar contra as intervenções realizadas pelo governo golpista de Michel Temer, que foram desde a destituição da diretoria eleita até a demissão de quase 80 funcionários, passando pelo aumento insuportável das mensalidades. “Tire as mãos da Geap” Fundada há 71 anos, a Geap é uma entidade de autogestão em saúde que foi criada por servidores públicos federais. Originalmente, ela atenderia aos funcionários dos ministérios da Previdência e da Saúde, a Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência Social (Dataprev) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas, de lá para cá, tornou-se o uma das mais importantes operadoras de planos de saúde no país com mais de 600 mil beneficiários. “Na verdade, o que acontece é que a Geap atua como reguladora de mercado. Por ser o plano mais barato, força com que os outros (planos) não aumentem tanto seus valores”, explica Rogério Antônio Expedito, diretor da Condsef, que considera que esse é um dos motivos dos ataques sofridos pelo órgão. “O seu desmonte, favorece as grandes empresas do ramo”. Expedito conta que com apenas cinco dias após ter tomado posse, o interino Temer já começava a fazer intervenções na Geap. “Ou seja, ele (Temer) já contava com isso há muito tempo. Para se ter ideia, o INSS tem uma verba para administração por volta de R$ 1,5 bilhão, enquanto na Geap são R$ 4 bilhões e tudo mantido pelos trabalhadores”, avalia. Além da verba de gestão, ainda existem os cargos. São cerca de 120 postos de trabalho com salários de até R$ 45 mil. “O governo tomou a Geap das mãos dos servidores e a entregou para o Partido Progressista para pagar o preço do golpe”, denuncia o dirigente. Willian Barreto, ex-funcionário, considera as demissões injustas e arbitrárias. “Agiram com arrogância e descaso com os empregados. Pais e mães de família foram colocados na rua sem nenhum tipo de consideração. Havia gente com mais de 20 anos de casa. Mais de 60% do pessoal foi mandado embora”, lamenta o analista de sistemas. Socorro Lago, diretora da Fenadados, encara o desmonte do Geap com muita preocupação. “Este ano, pela primeira vez havíamos conseguido eleger um presidente para o conselho de administração escolhido entre os próprios beneficiários e isso foi um marco histórico, mas o governo golpista destituiu a diretoria e colocou lá dentro quem ele bem queria”, indigna-se a sindicalista, lembrando também da intervenção na redução do valor das mensalidades. “Através de uma liminar, o governo anulou a redução do reajuste das mensalidades que conseguimos baixar de 37,55% para 20%. Com o alto valor do reajuste, a mensalidade do plano ficou insuportável e perderemos muitos conveniados”, prevê. Os manifestantes esperavam ser ouvidos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas a encontro não aconteceu. A comissão em defesa do Geap realizará uma reunião nesta sexta (1º) para traçar os próximos rumos da resistência. cut.org.br

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