Pela 1ª vez no ano, risco de faltar energia no país é zero, diz governo
Estimativa foi divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.
Sistema elétrico está 'estruturalmente equilibrado', diz nota do CMSE.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou nesta quarta-feira (2) que o risco de faltar energia é igual a zero no país. É a primeira vez neste ano que o índice atinge tal patamar.
De acordo com nota divulgada pelo comitê, após reunião mensal, “o sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações”.
Governo decide desligar 21 térmicas de maior custo
Embora agosto tenha registrado chuvas abaixo da média em praticamente todo o país, o CMSE informou que o “Sistema Interligado Nacional – SIN dispõe das condições estruturais para o abastecimento do país”.
Em fevereiro, esse índice de risco chegou a 7,3%. O nível máximo tolerado pelo governo é de 5%.
"Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há sobra estrutural de cerca de 9.359 MW médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses e a projeção de demanda", informou o comitê.:
Falta de chuvas
Devido à falta de chuvas, o país vinha mantendo ligadas, desde o final de 2012, todas as usinas termelétricas disponíveis, a fim de poupar água das hidrelétricas. Como essa energia é mais cara, a medida contribuiu para a elevação do valor das contas de luz.
No mês passado, devido à melhora do cenário, o CMSE determinou o desligamento de 21 térmicas de maior custo, o que deve gerar uma economia mensal nas operações da ordem de R$ 5,5 bilhões. A mudança foi resultado da melhora do regime de chuvas e da redução do consumo de energia, devido à desaceleração econômica.
Também ajudou a aumentar os custos no setor elétrico nos últimos meses o plano anunciado pelo governo no final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%. É que, para chegar a esse resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de geradoras (usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram receber indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos. Essas indenizações ainda estão sendo pagas, e o custo tem sido repassado ao consumidor final por meio da elevação das tarifas.
Bandeiras tarifárias (Foto: Editoria de Arte/G1)
Bandeira vermelha continua em vermelho
Na sexta-feira (28, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira tarifária vermelha no mês de setembro. Na prática, os consumidores vão continuar pagando mais caro pela energia consumida, já que a bandeira vermelha mostra que o custo para gerar energia no país está elevado, resultando em cobrança extra.
A agência, no entanto, aprovou uma redução de 18% na cobrança que ocorre a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. A cobrança adicional passou de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kW.
A mudança foi resultado da melhora do regime de chuvas e da redução do consumo de energia, devido à desaceleração econômica. Esse cenário mais favorável também permitiu o desligamento das térmicas de maior custo.
No caso da tarifa paga pelos consumidores residenciais, a Aneel calcula que redução média na conta de luz deverá ser de 2%.
g1.globo.com
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