Entre a esperança e a realidade

PAN-AMERICANO DE TORONTO Entre a esperança e a realidade Com força máxima em esportes individuais e equipes mistas nos coletivos, Brasil briga por medalhas no Pan de olho na Olimpíada que sediará em 2016 postado em 10/07/2015 08:47 / atualizado em 10/07/2015 14:50 Renan Damasceno / Estado de Minas Al Bello/Getty Images/AFP Até o dia 26, 6.135 atletas de 41 países brigarão pelo pódio em 36 modalidades Encarado pela delegação brasileira como ensaio geral para os Jogos Olímpicos Rio’2016, o Pan-Americano de Toronto começa oficialmente hoje, às 21h (de Brasília), com a cerimônia de abertura no Estádio Roger Centre, com capacidade para 45 mil espectadores. Pela terceira vez o torneio continental é disputado em solo canadense, que sediou as edições de 1967 e 1999, em Winnipeg. Até o dia 26, 6.135 atletas de 41 países brigarão pelo pódio em 36 modalidades. Embora o Brasil já tenha vaga olímpica assegurada na maioria dos esportes olímpicos, por ser anfitrião, o evento canadense é tido como grande oportunidade para melhorar índices, ganhar experiência, testar treinamentos e manter o país entre as três maiores potências esportivas do continente. Ao contrário de outros gigantes, o país levou força máxima em esportes individuais, com a ausência de poucos astros, como Cesar Cielo, que vai se poupar para o Mundial. Nos coletivos, os brasileiros terão equipes mistas ou de base. Saiba mais "Campeã" nos custos Quem tem mais chanc A meta dos 590 atletas brasucas – a maior delegação da história em eventos no exterior – é superar as 141 medalhas de Guadalajara’2011 (48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes) e chegar motivados ao Rio, apesar de sucesso no Pan não ser garantia de pódio olímpico. Sem as estrelas de Estados Unidos, Cuba e Jamaica, o atletismo brasileiro ganhou 22 medalhas no México e passou em branco em Londres’2012. Por outro lado, a judoca Sarah Menezes e o ginasta Arthur Zanetti, derrotados no Pan, sagraram-se campeões olímpicos no ano seguinte. Se não serve de parâmetro, o Pan é importante pela experiência. Campeãs mundiais e apostas para a Rio’2016, as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze decidiram disputá-lo por nunca terem participado de eventos poliesportivos. A competição em Toronto também será teste importante para jovens esperanças olímpicas, como Marcus Vinícius d’Almeida (tiro com arco), campeão olímpico da juventude; Isaquias Queiroz, campeão mundial de canoagem de velocidade; e Matheus Santana, maior revelação brasileira nas provas rápidas da natação. VALE VAGA Se para uns o Pan serve para ganhar experiência, para outros é coisa mais séria. Ele vale vaga olímpica direta em 12 modalidades e conta ponto no ranking para outras seis. No caso do Brasil, alguns esportes terão de partir para o tudo ou nada, como o hóquei sobre a grama, cuja federação internacional condicionou a vaga olímpica ao bom desempenho em Toronto. No pentatlo, triatlo, tênis de mesa e tiro, a briga é para aumentar a delegação em 2016. Levantamento de peso, badminton, ciclismo e taek won do contam ponto para o ranking que define os classificados. No atletismo, a Federação Internacional (Iaaf) divulgou recentemente os índices olímpicos. Mesmo em casa, os brasileiros precisarão obter marcas para competir em casa. E o Pan é a primeira oportunidade para isso. www.uai.com.br

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