CNTSS e SINDPREV/DF debatem condições de trabalho no INSS

CNTSS e SINDPREV/DF debatem condições de trabalho no INSS Confederação cobra Audiência com Ministro da Previdência para garantir melhores condições de trabalho e atendimento nas Agências do INSS do país A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) e o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Assistência Social do Distrito Federal (SINDPREV DF) divulgaram boletim de esclarecimento aos trabalhadores do INSS, para contrapor a ofensiva da mídia que coloca em dúvida o profissionalismo destes servidores. As matérias jornalísticas que levaram ao boletim foram publicadas na edição do Correio Braziliense de terça-feira (7), com os títulos “INSS: sinônimo de descaso e demora” e “Agência do INSS encerra expedientemente mais cedo e revolta usuários”. O jornal destaca problemas no atendimento em Agências da Previdência Social (APS) da região do Distrito Federal. A CNTSS/CUT faz questão de destacar sua opinião contrária ao modo como a situação é exposta, pois nos referidos textos tende-se a crer que a culpa das falhas verificadas nas Agências de Prestação de Serviço visitadas pela reportagem seriam, principalmente, de responsabilidade dos trabalhadores. Isto não é verdade. Além do esclarecimento, as entidades apontam querer diálogos com a sociedade sobre os reais problemas enfrentados pelos trabalhadores e reiterar que há muito tempo estão cobrando da direção do INSS melhorias nas condições de trabalho e na infraestrutura das Agências. Déficit de 13 mil cargos e infraestrutura precária A secretária de Comunicação da CNTSS/CUT, Terezinha de Jesus Aguiar, informa que as precárias condições de trabalho existentes nas APSs de todo o país – cerca de 1,6 mil unidades – estão sendo denunciadas há muito tempo. “Não é de hoje, nem de tempo recente, que a CNTSS/CUT questiona a direção do INSS sobre as péssimas condições de trabalho a que os servidores são submetidos cotidianamente. Entre os pontos debatidos com a Direção do órgão, temos a falta de estrutura adequada nas unidades, a falta de investimento em formação do quadro de profissionais e, principalmente, o déficit existente hoje no quadro de trabalhadores. Os investimentos na contratação da força de trabalho não têm sido na mesma proporção para a expansão/instalação de mais Agências em todo o país,” afirma a secretária. O presidente da Confederação, Sandro Alex de Oliveira Cezar, lembra que a maioria destes cargos em aberto é justamente para trabalhar naquilo que os servidores chamam de “área fim”, ou seja, aqueles profissionais que atendem diretamente os usuários do sistema. “Há um déficit no quadro de profissionais que chega a cerca de 13 mil. Não bastasse esta situação, ainda há os casos de servidores que já estão aptos a requerer aposentadoria, cerca de 9 mil, e não o fazem por conta da redução drástica de quase 50% nos seus salários. Esta política de aposentadoria é muito pior que o Fator Previdenciário que é adotado para o Regime Geral da Previdência. Este debate é uma das questões que estamos travando há anos com a direção do INSS para garantir melhores condições de trabalho aos servidores e, por conseguinte, permitir um melhor atendimento à população. Há um equívoco em querer culpar o trabalhador de forma generalizada pela atual situação”, afirma o presidente. A matéria jornalística ilustra este problema, diagnosticado pela Confederação e já exposto em várias reuniões com a Direção do INSS ao longo dos últimos anos. O próprio repórter escreve em seu texto que a “falta de agentes administrativos e de peritos médicos” está entre as causas apontadas para a dificuldade de se manter um atendimento adequado. CNTSS/CUT cobra Audiência com Ministro Em reunião realizada em agosto de 2013 com a direção do INSS, os dirigentes da Confederação cobraram o agendamento de uma Audiência com o Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves. A proposta da CNTSS/CUT é por em prática estudos produzidos por grupos de trabalhos durante vários encontros realizados entre os representantes dos trabalhadores e o INSS. Até o momento está agenda não foi definida. O próprio modelo de gestão exposto pelos técnicos do Instituto à época foi questionado pelos dirigentes da Confederação por não observar a realidade dos trabalhadores ao mesmo tempo em que estabelece metas sem levar em conta as peculiaridades de cada Agência da Previdência Social. O modelo proposto pelo INSS, entre outros equívocos, não se preocupa com a demanda espontânea que ocorre nas unidades. Isto quer dizer que além dos casos agendados, que em uma unidade de médio porte pode atingir até 100 ao dia, há os casos em que o usuário do sistema procura o atendimento de maneira informal. Assim, há casos de APS que ao final do dia atingem uma média de cerca de 400 atendimentos. Uma situação extremamente desgastante para o trabalhador que, em muitos casos, adoece em virtude da pressão sofrida por suas chefias. E que tem a qualidade de seus serviços prejudicada. (Extraído do Portal CUT)

Comentários