CET Engenharia

CET Engenharia por Benedito Maia A CET Engenharia, alvo de uma megaoperação de fiscalização do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego, com apoio da Polícia Federal, em julho de 2013, continua agindo de forma autoritária e até desleal para não ter que resolver, de fato, as irregularidades flagradas pela fiscalização. O Ministério Público do Trabalho pressionou a Cemig a fiscalizar as empreiteiras, incluindo a CET. A empresa colocou os técnicos para vistoriar todos os alojamentos das empreiteiras, mas, no caso da CET, a Cemig acabou tomando chapéu. A empreiteira transferiu temporariamente os trabalhadores para uma pensão no bairro Lagoinha, em BH – ‘para inglês ver’. Também demitiu, por justa causa, 12 eletricitários que recusaram a transferência, fato já denunciado pelo Sindieletro e alvo de ações trabalhistas. A insatisfação da categoria é geral. Mas, isso ainda é pouco. Depois de um dia inteiro de trabalho, os eletricitários são obrigados a esperar todas as equipes chegarem, para só então o ônibus levá-los à pensão, às 20 horas, sem receber horas extras. Como a pensão tem horário para servir a janta, os trabalhadores se alimentam sujos e suados. Depois, têm duas opções: enfrentar a fila do banho ou dormir sujo. ‘O chapéu’ Esta semana o Sindieletro flagrou a manobra da CET, que só esperou a fiscalização da Cemig terminar para retornar com vários eletricitários para os mesmos alojamentos, no bairro Riacho, em Contagem. Voltaram sem que a empresa fizesse qualquer melhoria nos locais. A quantidade de lixo amontoado na varanda do alojamento da rua Rio Branco, 218, continua impressionando e mostrando a falta de humanidade da empreiteira, que expõe os eletricitários a riscos de adoecimento. Trabalhadores denunciam que o aluguel da casa foi transferido para o nome do encarregado, outra manobra da empresa para descaracterizar a sua responsabilidade. O dinheiro para o pagamento será rateado e depositado na conta dos trabalhadores. Depois, eles repassarão os valores para o encarregado, que providenciará a quitação do aluguel. Já passou da hora da Cemig tomar uma medida mais dura com relação às irregularidades cometidas pelas empreiteiras. Não dá mais para ver, em pleno século 21, trabalhador em situação análoga à de escravo, para gerar lucros para a maior empresa de Minas Gerais e uma das maiores do país. Fica a pergunta: será que a Cemig sabe que está sendo enganada ou faz vista grossa? (Extraído do Sindieletro MG)

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