Termina exumação do corpo de Neruda para investigar suspeita de assassinato

Termina exumação do corpo de Neruda para investigar suspeita de assassinato Termina exumação do corpo de Neruda para investigar suspeita de assassinato Ilha Negra (Chile), 8 abr (EFE).- A exumação dos restos do poeta chileno Pablo Neruda para determinar se o artista foi assassinado terminou nesta segunda-feira em apenas uma hora, segundo confirmaram o juiz que investiga o caso e o chefe dos peritos a cargo da diligência. A urna funerária com o corpo do prêmio Nobel de Literatura foi retirada do túmulo onde foi enterrado junto a sua terceira esposa, Matilde Urrutia, na cidade litorânea de Ilha Negra. A exumação foi rápida porque o tempo e as condições em que os trabalhos foram feitos foram melhores do que se esperava e a que o caixão de Neruda estava separado do de Matilde Urrutia. Após a abertura da urna e a análise com raio-x, o corpo foi transferido até a sede em Santiago do Serviço Médico Legal, explicou o diretor do organismo, Patricio Bustos, que não especificou quando será divulgado o resultado das análises. Bustos disse que o mais importante nas análises será encontrar a presença de substâncias tóxicas e lamentou não contar com fichas clínicas e biópsias, que, disse, 'poderiam ter ajudado a avançar no âmbito pericial e judicial'. Algumas mostras podem ser enviadas ao exterior para análise, disse Bustos, que contou aos jornalistas que foram recebidas ofertas da Suíça, Canadá e Suécia. Neruda (1904-1973) morreu em uma clínica de Santiago em 23 de setembro de 1973, dias depois do golpe militar liderado por Augusto Pinochet que depôs o presidente Salvador Allende. A diligência foi ordenada pelo juiz Mario Carroza, do Tribunal de Apelação de Santiago, durante um processo movido em maio de 2011 com o objetivo de esclarecer se o poeta foi morto por um câncer ou assassinado com uma injeção letal poucos dias depois do golpe de Augusto Pinochet, em 1973. Neruda era comunista e partidário do presidente socialista Salvador Allende, que sofreu o golpe de Pinochet. Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

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