A incoerência nas negociações com os servidores de Minas

A incoerência nas negociações com os servidores de Minas O Sindifisco - Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais – questionou a informação do governo do Estado de que todos os servidores do Estado terão o mesmo reajuste salarial. Alguns sindicatos já estão se mobilizando para garantir aumento salarial digno, como os professores da rede estadual, que cobram o piso nacional da Educação. As entidades entendem que é preciso valorizar a categoria, mas, certamente, o governo não virá com proposta que atenda as expectativas do funcionalismo. Segundo o Sindifisco, a experiência tem mostrado que, toda vez que o servidor se mobiliza e começa a pressionar, o governo de Minas contesta a reivindicação, sob o argumento de que não há recursos, e afirma que não haverá tratamento diferenciado entre as categorias. Tal posicionamento é enfatizado por meio da imprensa e nas reuniões do Comitê de Negociação Sindical (Cones), órgão instituído pelo governo, que congrega lideranças sindicais das categorias que compõem o funcionalismo estadual. A entidade destaca que, a verdade é que não há coerência entre as alegações do governo e o que vem sendo praticado nas negociações com as categorias. Em relação ao reajuste diferenciado, há inúmeros casos, alguns recentes, que mostram que as negociações ocorrem de acordo com a conveniência do governo. Para as categorias que não se enquadram no que o governo considera conveniente, só restam a luta e a pressão para reverter o discurso do NÃO. Quanto à falta de recurso, o governo afirma que não tem dinheiro, mas, na hora da negociação, não considera o montante que o Estado deixa de arrecadar com a renúncia fiscal e as receitas sonegadas, recurso que poderia ser usado não só para remunerar melhor o servidor, mas, também, para promover investimentos nas áreas sociais. Em Minas Gerais, diz o Sindicato dos Auditores Fiscais, “assistimos constantemente a concessão de benefícios fiscais para grandes empresas, sem nenhum retorno social, enquanto para o servidor, que trabalha para garantir à população um serviço público de qualidade, o dinheiro nunca está disponível.” “A Secretaria de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG), mais especificamente as Superintendências de Tributação (Sutri) e de Fiscalização (Sufis) viraram um balcão de negociação: é só uma empresa acenar com qualquer promessa de investimento, ainda que falsa, e vir com a alegação de geração de emprego e proteção da economia mineira, que o governo abre mão de recurso público e concede benefícios fiscais.” Está claro que. Alerta o Sindifisco, investir na área social não é prioridade desse governo, pois, se houver vontade política para resolver os problemas da educação, da saúde, saneamento e outros, com certeza o governo saberá onde buscar os recursos necessários. (Sindieletro MG)

Comentários