Barão Vermelho brinda pelos 30 anos de estreia e anuncia disco e turnê nacional

Barão Vermelho brinda pelos 30 anos de estreia e anuncia disco e turnê nacional Banda retoma a formação que o grupo tinha em 2007, mas com saudades do Cazuza Redação - EM Cultura Mais uma dose? É claro que eles estão a fim. Até porque, trata-se de um brinde, homenagem a um aniversário: 30 anos depois de lançar seu disco de estreia, o Barão Vermelho está de volta para celebrá-lo. Ausente dos palcos desde janeiro de 2007, o grupo se reúne para a turnê 1 dose, que começa pelo Rio de Janeiro no sábado e deve passar por diversas capitais até março de 2013. “A gente percebe no público uma saudade do nosso rock”, diz o guitarrista Roberto Frejat, também vocalista desde a saída de Cazuza (1958-1990), em 1985. O plano, na verdade, era ter reativado a banda no ano passado, quando sua fundação completou 30 anos. A falta de patrocínio para a série de shows gratuitos que pretendiam fazer adiou o projeto, mas agora coincide com a efeméride do primeiro disco, Barão Vermelho (1982), que será relançado mês que vem, em edição remixada e com uma faixa inédita na voz de Cazuza, Sorte e azar. Além dessa canção inédita, a turnê incluirá quatro músicas do primeiro disco, e o resto é basicamente o Barão de sempre, de Bete Balanço e Pro dia nascer feliz a Puro êxtase e Por você. REUNIÃO DE AMIGOS Sentados em torno de uma longa mesa de madeira, na cozinha da casa que Frejat usa como estúdio, na Lagoa (zona sul do Rio), os músicos fazem uma algazarra típica de reencontro de colegas de turma. É disso que se trata, afinal: uma rara reunião de todos os integrantes que, em algum momento, fizeram parte das mais de três décadas de existência do Barão. A formação que vai para a turnê é a mais duradoura: Frejat, Guto Goffi (bateria), Fernando Magalhães (guitarra), Rodrigo Santos (baixo) e Peninha (percussão). Também estará presente, como convidado, um dos fundadores do grupo, o tecladista Maurício Barros. Ele e o baixista original, Dé Palmeira, participaram do trabalho de remixagem do primeiro disco, para o relançamento. E eles confessam que sempre tiveram vontade de remixar o disco, porque, garotos iniciantes em 1982, com menos de 20 anos, não tiveram voz no processo feito pelos produtores Ezequiel Neves e Guto Graça Melo. “Naquela época, dificilmente os músicos participavam da mixagem, ainda mais na Som Livre, que trabalhava com grandes medalhões”, afirma Frejat. “Para nós foi frustrante, porque a gente tinha uma percepção do disco no estúdio diferente do que ele foi na finalização.” Não que o grupo não sinta orgulho da estreia, que, apesar de vender apenas 7 mil cópias, já trazia a urgência do rock que caracterizaria a banda, além de canções que virariam marcas registradas, como Todo amor que houver nessa vida.

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