Trabalhadores em educação ocupam a Prefeitura de Ipatinga

Trabalhadores em educação ocupam a Prefeitura de Ipatinga

Escrito por Rogério Hilário

17-Jun-2011
Coordenados pelo Sind-UTE/MG e com o apoio da CUT, servidores municipais querem forçar o prefeito Robson Gomes a reabrir as negociações para implantação do Piso Nacional da Educação

Um grupo de trabalhadores em educação de Ipatinga, Vale do Aço, ocupa desde as 17h30 de quinta-feira (16) a prefeitura. Coordenados pelo Sind-UTE/MG, filiado à CUT, eles garantem que vão permanecer na sala de visitas do prefeito até que sejam reabertas as negociações para a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional.

De acordo Cida Lima, do Sind-UTE/MG de Ipatinga, o prefeito Robson Gomes (PPS) não cumpriu dois acordos feitos com os trabalhadores e trabalhadoras em educação e, por isso, a categoria decidiu radicalizar. “Pela lei, desde janeiro de 2010 nós temos direito ao piso, que foi criado em 2008. Fizemos três greves no ano passado e até aceitamos que o pagamento fosse parcelado. Com as paralisações, forçamos o prefeito a sancionar uma lei, ratificando a legislação nacional, sobre o pagamento do piso. Pelo acerto, receberíamos em quatro parcelas, em fevereiro, maio, agosto e novembro. A prefeitura não pagou as duas primeiras, rompendo novamente o acordo”, disse Cida Lima.

A prefeitura, segundo Cida Lima, alegou que não poderia pagar o piso por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Durante a negociação, a comissão formada por representantes da prefeitura e do Sindicato, constatou que, com a concessão do reajuste, seguindo os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal, o gasto com o pagamento do funcionalismo chegaria ao nível de 45% da receita do município. Isso daria uma margem muito grande para pagar o piso. A prefeitura, no entanto, refez os critérios e encerrou bruscamente as negociações. E ainda foram para mídia anunciar que não tinham condições de pagar o reajuste”, protestou a dirigente do Sind-UTE/MG.

Segundo Cida Lima, do Sind-UTE/MG, que passou a noite na sala de visitas do gabinete do prefeito Robson Gomes (PPS), os trabalhadores e trabalhadoras em educação não encontraram alternativa e partiram para a radicalização. “Vamos ficar na prefeitura até que as negociações sejam retomadas.”

A dirigente do Sind-UTE/MG revelou que o movimento conta com o apoio da CUT Regional Vale do Aço, de vários sindicatos, da população, dos vereadores e de outros parlamentares. “Temos o apoio irrestrito da Câmara Municipal e do deputado federal Padre João (PT).”

Atualizado em ( 17-Jun-2011 )
(Extraído da CUT MG)

Comentários