Professores mantêm greve por tempo indeterminado
Cerca de 15 mil trabalhadores e trabalhadoras em educação aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado, na tarde da terça-feira (18 de maio). Novo encontro está marcado para o próximo dia 25 (terça-feira), para avaliar o movimento que completou 41 dias.
Um documento assinado pela comissão de negociação do governo de Minas Gerais foi lido por dirigentes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) durante a assembleia estadual desta tarde, mas os itens não contemplaram as reivindicações da categoria.
Após assembleia, os servidores seguiram em passeata até a Praça Sete e nas escadarias da Igreja São José fizeram uma atividade, uma espécie de Tribunal do Júri para denunciar o descaso do governo para com a educação em Minas. Participaram como jurados o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Marco Antônio de Jesus, diretores e representantes de sindicatos e de movimentos sociais.
Durante a semana e até a próxima assembleia a estratégia do Sind-UTE/MG, por meio de suas subsedes, será a realização de atividades locais em todas as regiões do Estado. Além das escolas paradas, a intenção é agregar novas adesões à greve, que foi deflagrada em 8 de abril último e ampliar o diálogo com a sociedade.
Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a categoria vai marcar presença também na abertura da Fenamilho (Festa do Milho, em Patos de Minas) quando deverão participar diversas autoridades. A intenção é fazer uma verdadeira caça ao governador Antonio Anastasia e insistir com ele numa agenda positiva de negociação com os trabalhadores em educação.
Os servidores reivindicam a implantação do piso salarial de R$1.312,85 para jornada de 24 horas e nível médio de escolaridade. Eles já têm o apoio de 20 deputados estaduais e, nesta terça-feira, parlamentares da base aliada do governador Antonio Anastasia se dispuseram a negociar a criação de uma comissão para analisar a situação dos trabalhadores em educação
Fonte: CUT Minas, publicada em 20.05.2010
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