Professores estaduais decidem manter greve


Professores estaduais decidem manter greve

Os trabalhadores em educação de Minas Gerais permanecem em greve, iniciada em 8 de abril último em todo o Estado. A decisão foi definida em assembléia da categoria, ocorrida nesta quarta-feira (21), Dia da Inconfidência Mineira, em São João del-Rei.

A principal reivindicação dos servidores é a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$1.312,00 (valor atual). A direção do Sindicato explica que o reajuste salarial de 10% anunciado pelo ex-governador Aécio Neves não atende os profissionais da educação. Afirma que, ao contrário do que foi divulgado pelo governador, atualmente existe um teto salarial e não piso salarial, ou seja, o valor de R$935,00 corresponde ao total da remuneração. Minas Gerais tem o 8º pior salário do país.

A coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, denuncia que no estado o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) ainda não foi implementado.

Na assembléia da categoria houve a participação de 10 mil trabalhadores de todas as regiões do estado. A próxima assembleia está marcada para o dia 29 de abril, em Belo Horizonte. O local ainda será definido. A data será marcada também por atividades em várias cidades pólos, distribuídas por todo o estado.

Outras atividades em prol do Piso Nacional foram discutidas, a exemplo do Dia D, no próximo dia 27, que acontecerá em todo o Brasil, sob a coordenação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Logo após a assembleia, houve ato público para celebrar o Dia da Inconfidência Mineira, no mesmo local. A coordenadora geral do Sind-UTE/MG afirmou que a data representa um marco para aqueles que querem justiça e liberdade. “O dia 21 de abril foi marcado por manifestações em São João del-Rei para denunciar que em Minas não se respira liberdade. Além da nossa luta pelo Piso, nossa maior bandeira, realizamos uma cerimônia simbólica para citar os vilões da escola e de toda a sociedade: o vale-transporte, o alto custo da cesta básica, entre outros. Por outro lado, entregamos a Medalha do Grito da Liberdade a pessoas que lutam no dia a dia pela qualidade do ensino público e pela valorização profissional.” Ela foi enfática ao afirmar: “sabemos que Minas Gerais é rico e por isso temos a convicção que falta vontade política para implementar o Piso Salarial Profissional Nacional no estado”, concluiu Beatriz Cerqueira.

Fonte Sind-UTE, publicada em 23.04.2010
(Extraído do site do Sindieletro MG)

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