CUT/MG reage aos ataques à manifestação na Cidade Administrativa

CUT/MG reage aos ataques à manifestação na Cidade Administrativa

Escrito por Assessoria de Imprensa da CUT/MG
01-Apr-2010
Central estranha questionamentos sobre transporte e alimentação de apoiadores em ato público

Os servidores públicos do Estado, no dia 16 de março, com o apoio da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), numa demonstração de força e organização que desmascarou o governo de Aécio Neves, fizeram uma grande manifestação na Cidade Administrativa. Mais de 5 mil pessoas estiveram na nova sede do Governo do Estado para tornar pública sua insatisfação com os quase oito anos de neoliberalismo, de choque de gestão e para exigir reajuste salarial e condições decentes de trabalho.

No entanto, para tirar o foco do movimento legítimo dos servidores públicos, o que vem sendo questionado pelo jornal Estado de Minas e a TV Alterosa é o fretamento de ônibus, para transporte de servidores e integrantes de entidades apoiadoras do movimento, e o pagamento de ajuda de custo para lanche ou almoço de um grupo de apoiadores. Afinal, dada a distância e a falta de infraestrutura de transporte para a atual sede do Governo do Estado, e pelo fato de muitos apoiadores serem do interior e não terem condições de custear seu deslocamento, o fretamento de ônibus se fez imprescindível. Além do mais, alguns manifestantes precisavam se alimentar, um direito universal de qualquer ser humano.

Em nenhum momento jornal e emissora deram qualquer a devida importância à manifestação do dia 16 de março, que levou mais de 5 mil pessoas à Cidade Administrativa, a esmagadora maioria servidores públicos insatisfeitos com dez anos sem reajuste salarial e revoltados com o sucateamento de setores fundamentais como educação, saúde e saneamento. O Estado de Minas deu ênfase apenas ao engarrafamento provocado pelo ato público, que fechou, antes do encerramento, uma das pistas da MG-010 (Linha Verde), como se os manifestantes não passassem de desordeiros, baderneiros e não trabalhadores que faziam reivindicações justas com um movimento legítimo.

Ademais, a TV Alterosa, após entrevistar o presidente da CUT/MG, Marco Antônio de Jesus, na edição que foi ao ar, suprimiu tudo o que o dirigente falou sobre a manifestação. Marco Antônio contestou os motivos da entrevista, pois para ele estavam querendo tirar o foco do movimento dos servidores públicos para transferir os holofotes a um suposto aliciamento de militantes e desmoralizar o movimento sindical.

A CUT reafirma: por ser a maior Central sindical do país, com quase 30 anos e representando mais de 3,5 mil sindicatos e mais de 20 milhões de trabalhadores, não precisa aliciar militantes. CUT defende a democratização da informação e o controle social dos meios de comunicação, fundamentais para combater o projeto dos donos da mídia de destruição da democracia popular implantada no Brasil há sete anos pelo Governo Federal.

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