Copasa usa mesma tática da Cemig na renovação do ACT

Copasa usa mesma tática da Cemig na renovação do ACT Assim como na Cemig, a gestão da Copasa, com o mesmo modelo neoliberal trazido do governo do Estado, já adota atitudes para colocar os trabalhadores contra o Sindicato durante a campanha salarialCampanha Copasa O Sindicato que representa os trabalhadores da Copasa (Sindágua) denuncia que a direção da empresa foi rápida no gatilho para colocar a categoria contra a entidade sindical e evitar que a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho seja feita com diálogo e avanços. Os trabalhadores da Copasa estão em campanha salarial. De acordo com a direção do Sindágua, mal acabou a primeira reunião de negociação, a Copasa disparou, poucas horas depois, um boletim chamado "Cenário Sustentável", onde distorce informação com o objetivo de causar preocupação nos trabalhadores. O boletim informa que uma ação sobre PCCS (plano de carreira) poderia dificultar "novas movimentações" de enquadramento. Começou dizendo que o "Sindágua vai à Justiça antes da primeira reunião de negociações", como se os trabalhadores estivessem radicalizando antes de qualquer entendimento. A empresa, apesar de vários anos sendo cobrada, não corrige as distorções e, para o Sindicato, a Justiça é o lugar legítimo de buscar os reparos. O Sindágua esclarece que ingressou na Justiça contra a política discriminatória e irregular de classificar os trabalhadores por porte de cidades, que prejudica milhares de empregados, cumprindo exigência da categoria de defender a isonomia de direitos. A entidade cobrou que a empresa apresente todo o PCCS e tabela salarial na Justiça, pois o documento ainda não está homologado no Tribunal Regional do Trabalho. Sem esse homologação, a empresa estará livre para usar e abusar da contratação de terceirizados, de inúmeros assessores com salários vultosos, enquanto os trabalhadores ficam na fila sem qualquer perspectiva de crescimento na carreira. A pauta de reivindicações da categoria é composta de 35 itens e nem todos dependem de enquadramento segundo o PCCS. “Qualquer desculpa para afirmar dificuldades nas negociações significa apenas a má intenção patronal de tentar levar nossas negociações para um impasse”, afirma o presidente do Sindágua, José Maria dos Santos. José Maria destaca que as informações confiáveis para os trabalhadores são as do Sindicato, através dos boletins Registro e Jornal SINDÁGUA. Segundo ele, tudo que vier para provocar instabilidade e desmobilizar os trabalhadores será entendido como interferência e crime contra a organização sindical, cabendo as medidas necessárias para a defesa dos direitos trabalhistas com a liberdade que a Constituição Federal permite. Terceirização da negociação Assim como na Cemig, a Copasa também terceirizou a mesa de negociações. A empresa contratou o mesmo escritório de consultoria que a Cemig usa desde a Campanha Salarial dos eletricitários em 2011. É uma consultoria especializada em negociar retirada de direitos. Fonte: Sindágua MG (Extraído do Sindieletro MG)

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