Pressão por lucro está ‘desumanizando’ a Cemig

Pressão por lucro está ‘desumanizando’ a Cemig A gestão da empresa só tem olhos para os acionistas e a Andrade Gutierrez. Enquanto isso, não investe nos serviços e deixa os trabalhadores sem acordo coletivoSou ser humano A cada dia que passa os problemas se acumulam dentro da Cemig, com economia porca e tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores para aumentar o lucro. Falta verba até para o papel higiênico e eletricistas denunciam que não podem mais resolver os problemas na rede além do que estava programado para executarem. Ao fazerem um serviço e identificar outro, não podem fazer o conserto porque o orçamento é insuficiente. Com essa manutenção reduzida, a rede vira uma bomba relógio. Para o Sindieletro, tudo isso é culpa da determinação de que a empresa tem que gerar muito lucro para a Andrade Gutierrez. E para cumprir as metas, as políticas gerenciais são cada vez mais cruéis com os trabalhadores. Por isso, acabam com os plantões de eletricistas no interior, fecham várias unidades da empresa, repassam cada vez mais serviços para empreiteiras e os trabalhadores são transferidos a revelia de seus locais de trabalho. “O pressuposto lamentável é que os seres humanos estão sendo tratados como mercadoria dentro da Cemig”, questiona o coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho. Jairo lembra que tudo isso traz insegurança para os locais de trabalho, fazendo com que os trabalhadores percam a motivação e fiquem desanimados e infelizes. Essas práticas gerenciais que se desenvolveram na empresa nos últimos 10 anos para maximizar os lucros deixam pouco dinheiro para ser investido. Além da Cemig perder na qualidade do serviço, as condições de trabalho vão só piorando para os eletricitários. Prova desse retrocesso na relação trabalhista, aponta, é que depois de 60 anos, a empresa deixa os eletricitários sem acordo coletivo. O coordenador afirma que os trabalhadores ainda se deparam com a hipocrisia da gestão da Cemig. “Com uma mão a empresa distribui rosas e mensagens de `carinho’ para as funcionárias, pelo seu dia internacional. Com a outra mão, tenta cortar a conquista de licença maternidade de 6 meses do Acordo Coletivo de Trabalho. Qual é a Cemig verdadeira: a que faz homenagem aos eletricitários ou a que barbaramente tenta trucidar o Acordo Coletivo para gerar lucro a custa do suor e sacrifício das trabalhadoras e trabalhadores?” (Extraido do Sindieleletro)

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