Maduro diz que rendição de opositor foi negociada por presidente do LegislativoSegundo o chefe de Estado, Diosdado Cabello teve papel central no diálogo com a família do dirigente Leopoldo López

Maduro diz que rendição de opositor foi negociada por presidente do LegislativoSegundo o chefe de Estado, Diosdado Cabello teve papel central no diálogo com a família do dirigente Leopoldo López O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que a decisão do dirigente opositor Leopoldo López de se entregar durante uma marcha nesta terça-feira (18/02) foi negociada com o governo. Em discurso no final da tarde de hoje, após outra manifestação, de trabalhadores petrolíferos que apoiam o chavismo, Maduro explicou que o presidente do poder Legislativo, Diosdado Cabello, teve função central no diálogo com López. “Chegou-se a um acordo amigável para cumprir a lei e Leopoldo López aceitou entregar-se em paz à Justiça venezuelana”, expressou Maduro, afirmando ter recebido informações de que a ultradireita de Miami e da Venezuela mobilizou “grupos estranhos” para matar o opositor e gerar uma “guerra civil” no país. Segundo ele, após sua orientação, Cabello passou “três madrugadas” conversando com a família do opositor para chegar a um pacto que estabelecesse o acordo. “Eu sei que o pai e a mãe dele sabem que nós salvamos seu filho”, disse. “Nós terminamos cuidando da vida de Leopoldo López”, expressou. Maduro afirmou, no entanto, que Cabello estava transportando pessoalmente o opositor a uma prisão fora de Caracas. O partido Vontade Popular, dirigido por López, no entanto, informou por meio do Twitter que o opositor se encontra no Palácio de Justiça, no centro de Caracas, realizando uma audiência de apresentação. A fiscal da Promotoria-Geral da República, Luisa Ortega Díaz, afirmou, também por meio da rede social, que nas próximas horas o ministério apresentará o opositor ao tribunal “com a garantia de todos seus direitos”. "Quando a tirania se faz lei, a rebelião é um direito": manifestação de opositores ao governo Maduro ocorreu hoje em Caracas Além da manifestação de trabalhadores em apoio ao presidente Nicolás Maduro, Caracas também foi palco de uma marcha convocada por opositores. Milhares de pessoas foram às ruas da capital venezuelana depois que López entregou-se às forças de segurança do país. O tráfego de algumas ruas de Caracas foi bloqueado por manifestantes vestidos de branco. López teve uma ordem de captura emitida e é investigado por suposta participação nos atos de violência registrados do país na última quarta-feira (12/02), quando distúrbios em protestos deixaram três mortos e mais de 60 feridos em todo o país. No discurso de hoje, realizado no Palácio de Miraflores diante de uma multidão de trabalhadores do setor petrolífero, Maduro afirmou que manterá o rumo “da democracia, das transformações pacíficas, legais, constitucionais”. Segundo ele, pessoas envolvidas em atos de violência no país terão que enfrentar a Justiça. Em seu discurso, o presidente, Nicolás Maduro, criticou as declarações do presidente colombiano, Juan Manuel Santos Maduro questionou declarações do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, sobre a situação na Venezuela. Hoje, Santos disse: “Fazer votos para que se respeitem e fortaleçam os princípios democráticos. Instamos o governo e a oposição a dialogarem a que se sentem a dialogar sem olhar para trás para que possa haver um mínimo de reconciliação política”. O chefe de Estado indagou seu par colombiano sobre o que faria se uma marcha em Bogotá fosse convocada por um líder opositor “para sacar o senhor, como presidente”. “Defende o Estado colombiano ou entrega o poder ao insurgente que pretendeu te desconhecer, te tirar?”, perguntou. “O presidente Santos vai vir dar lições de democracia para mim?”, questionou, complementando: “Os venezuelanos resolvemos os problemas dos venezuelanos, já basta”. Maduro disse vai manter a chamada ao diálogo nacional, mas para “trabalhar pela paz, não para vir negociar um posto e poder, porque o poder é do povo”. O presidente afirmou ainda que, no último Conselho de Governo, os únicos três governadores ausentes eram os opositores. Sobre a suposta ingerência norte-americana para o planejamento de um golpe na Venezuela, Maduro pediu respeito ao povo da Venezuela: “Queremos ter relações de diálogo e respeito, em condições de igualdade entre os Estados com o governo dos Estados Unidos, mas parece impossível, porque a prepotência e a arrogância não têm limites”. (www.http://operamundi.uol.com.br/)

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